"O importante não é vencer todos os dias, mas lutar sempre."

Waldemar Valle Martins............................................................................................................................................................

domingo, 25 de setembro de 2011

Por que ocorre o tráfico de crianças?


          No Haiti, um dos problemas que contribuem para como o trafico e o trabalho infantil é  a falta de registro das crianças. Isso encobre muitos dos crimes que as envolvem. Para se ter uma noção, cerca de um terço das crianças haitiana é desprovido de certidão de nascimento. O terremoto recente apenas intensificou a situação. O governo, alertando para mais tráficos, deu mais atenção ao assunto, mas ao mesmo tempo não se esforçou para mudar a situação.
            O terremoto foi responsável pelo aparecimento de órfãos ou  crianças separadas de seus pais, ajudando os traficantes a levar as crianças para outros países da América. O grande problema é que os traficantes prometem um paraíso apara os haitianos, fazendo com que eles realmente aceitem suas exigências. As famílias muitas vezes concordam com eles, buscando melhores condições de vida em outros países. No Brasil, Manaus é um dos principais portos pra a chegada dos haitianos. As viagens custam muito caro aos haitianos, pela exploração dos coiotes, e chegam a durar muito tempo, como um mês. No caso das crianças, é bem mais fácil conseguir levá-las a outros lugares e a exploração é bem maior.

Fonte: http://odia.terra.com.br/portal/mundo/html/2011/6/vitimas_do_terremoto_no_haiti_fogem_para_o_brasil_170711.html
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,5216187,00.htm

sábado, 24 de setembro de 2011

Um ano após o terremoto o país continua o mesmo!!


   Um ano após terremoto, promessas não se converteram em ações no Haiti, diz MSF


     Um terremoto devastador e uma epidemia de cólera que já afetou 147.787 haitianos. O ano de 2010 foi sem dúvida um dos mais trágicos para o Haiti, que chega a 2011 com poucas mudanças, segundo a ONG Médicos Sem Fronteiras. Para a organização, apesar dos esforços e da ajuda humanitária, o país ainda apresenta necessidades urgentes e uma população que não consegue reagir às tragédias.
    Em 2010, segundo a organização, foram gastos US$ 9,4 milhões de dólares para tratar as vitimas do terremoto e US$ 10 milhões para a epidemia. Para 2011, outros US$ 7,5 milhões serão gastos no atendimento.
    Para 2011, está prevista a construção de quatro hospitais da organização, dos quais três devem ser entregue ainda este ano.
    O MSF aponta ainda que houve “falha” em duas fases da coordenação de ajuda ao Haiti. “Houve falta de coordenação em duas etapas, na distribuição das organizações humanitárias e na capacitação das próprias agências", disse Unni Karunakara, presidente internacional da MSF. “O Haiti tem um longo caminho de reconstrução e recomeço. Não há sinal de que a luta está no fim”, completou.




Fonte:http://noticias.bol.uol.com.br/internacional/2011/01/10/um-ano-apos-terremoto-promessas-nao-se-converteram-em-acoes-no-haiti-diz-msf.jhtm   

Os biscoitos que matam a fome!!


   Símbolo da miséria no Haiti, biscoito de terra faz sucesso entre quem não passa fome.


    Os biscoitos de terra são muito comuns no interior do Haiti, mas podem ser encontrados em algumas feiras e mercados a céu aberto de Porto Príncipe. A receita é simples: terra, água, sal e manteiga. Tirose conta que é no interior que está a terra utilizada na receita dos biscoitos, uma espécie de argila branca. A mistura é feita em grandes bacias de plástico ou metal. Depois, pequenos discos são feitos e colocados para secar sob o sol.
    As vendedoras garantem: além de ser “nutritivo”, os biscoitos têm propriedades medicinais.
    Os biscoitos têm uma textura sólida e quebradiça, semelhante a blocos de terra ressecados durante uma estiagem. “Não pode ser feito com qualquer terra. Tem um tipo que é específico para isso. E que só tem aqui no Haiti”, conta a vendedora que montou seu tabuleiro em frente a um quartel da Polícia Nacional do Haiti (PNH), na favela de Cité Soleil, uma das mais perigosas do país.
     Se o hábito de comer os biscoitos de terra está relacionado à pobreza haitiana, há controvérsias, mas o fato é que eles são relativamente acessíveis à população pobre do país. O pequeno, com o diâmetro de uma bolacha recheada, custa 1 gourde, o equivalente a R$ 0,05. O maior, do tamanho de uma pizza "brotinho", custa cinco gourdes, ou R$ 0,25. A renda média do haitiano é de 80 gourdes por dia.
     






Fonte:http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/internacional/2010/12/19/biscoitos-de-terra-iguaria-faz-sucesso-ate-entre-quem-nao-passa-fome-no-haiti.jhtm

sábado, 17 de setembro de 2011

Nasa mapeia locais sob possível deslizamento de terra na capital do Haiti

Fenômeno é um dos efeitos colaterais comuns de um grande terremoto.
Foto foi registrada dois dias depois do tremor de terra de magnitude 7.

Foto: Nasa/GSFC/METI/ERSDAC/JAROS e equipe científica
                do Aster 15-1-2009

Círculos vermelhos indicam possíveis deslizamentos de terra (Foto: Nasa/GSFC/METI/ERSDAC/JAROS e equipe científica do Aster 15-1-2009)


Imagem obtida pelo satélite Terra, da Nasa, a agência espacial americana, mostra a capital do Haiti, Porto Príncipe, na quinta-feira (14), dois dias após o terremoto de magnitude 7 que devastou a cidade e matou milhares de pessoas . Por meio da análise do Advanced Spaceborne Thermal Emission and Reflection Radiometer (Aster), instrumento instalado no Terra. Embora a resolução do Aster, 15 metros, não seja suficiente para visualizar edifícos danificados, ela permite a identificação de outras consequências dos tremores. Os círculos vermelhos indicam possíveis deslizamentos de terra, ocorrência comum em terreno montanhoso após grandes abalos sísmicos.

Capital Destruída

A capital, Porto Príncipe, teve vários prédios destruídos.
            Cadáveres foram enterrados em valas comuns ou pelas próprias famílias. Comida, água e medicamentos escasseiam.
            Há o temor de que a situação de segurança fuja de controle, com a falta de água e comida estimulando saques. Também já há relato da ação de gangues armadas e de saqueadores. Haitianos desesperados brigam por comida ou tentam deixar o país.
            Vários países, liderados pelos EUA, já realizam as operações de ajuda ao país, com envio de pessoal, equipamentos, alimento e dinheiro.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Menino do Haiti deixado no Brasil está prestes a reencontrar sua família

Um menino de 11 anos deixou o Haiti para se encontrar com a mãe, na Guiana Francesa. Mas ele acabou sendo abandonado em São Paulo, numa estação de metrô. A Justiça brasileira diz que ele deve se reunir com a família em breve.
Pelo menos para uma família do Haiti, vítima de uma quadrilha de tráfico de pessoas, está acabando a angústia. Mas permanece o mistério em torno do destino de dezenas de outras crianças.             
Perdido numa estação de metrô em São Paulo. Foi assim que o menino, então com 11 anos de idade, foi encontrado. Vinte dias antes, havia saído do Haiti para se encontrar com a mãe, Dieula, na Guiana Francesa.                                                                                                                                      
O que a família não sabia é que estava caindo em uma rede internacional de tráfico de pessoas e extorsão. O Brasil está nessa rota e o filho de dona Dieula não é a única vítima, como mostrou a edição de ontem (17) do Fantástico.                                                                                                                  
Segundo a Interpol, entre janeiro de 2009 e novembro de 2010, pelo menos 50 crianças haitianas entraram no Brasil por guichês de imigração dos aeroportos de Guarulhos, em São Paulo; de Confins, em Minas; do Galeão, no Rio de Janeiro; e de Manaus.                                                                      
Só pelo aeroporto de Cumbica passaram pelo menos 11 crianças. A Polícia Federal conseguiu identificar os chamados coiotes, os traficantes de pessoas.                                                                                 
Um deles, uma haitiana de 32 anos, passou pela imigração do aeroporto, em Guarulhos, com seis crianças. Nenhuma tinha o mesmo sobrenome dela. Em pouco mais de dois anos, a mulher entrou e saiu do Brasil 21 vezes, todas por Guarulhos.                                                                                           
Outros haitianos também passaram várias vezes por aeroportos do país com crianças, mas ninguém foi barrado. Dois deles chegaram a morar por um bom tempo na região central de São Paulo.                  
Em setembro do ano passado, Smith Moise se hospedou num albergue da prefeitura. Nossa equipe foi até o local. O nome de Smith aparece na lista dos abrigados. Os pertences dele permanecem no local, mas o haitiano não vai lá desde o começo do mês. A Interpol chegou a pedir a prisão dele e de outros dois suspeitos que estavam em São Paulo.                                                                            
Mas o Ministério Público Federal informou que as provas eram insuficientes. Ainda não se sabe o paradeiro das crianças haitianas que entraram no Brasil. Até hoje, não há registros oficiais da saída delas do país.
Apenas o filho de Dieula teve a sorte de ser localizado. Quinze meses depois de ser encontrado, o menino haitiano ainda mora num albergue em São Paulo. Está sob proteção da Guarda Municipal. Isso porque nenhum dos suspeitos que o trouxeram do Haiti e o abandonaram na estação de metrô foi preso.  
A promotora de justiça que acompanha o caso, Eliana Vendramini,  acredita que em breve ele estará reunido com a mãe na guiana francesa.                                                                                           
 “Ele já tirou o passaporte, Polícia Federal já colaborou. Ele já tem o aval do governo francês lá na Guiana, e está resolvida a questão. É bem provável que ele esteja lá sim no dia das mães, afirma promotora de justiça.

Fonte:  http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2011/04/menino-do-haiti-deixado-no-brasil-esta-prestes-reecontrar-sua-familia.html

domingo, 5 de junho de 2011

Haiti pós terremoto

Em janeiro de 2011, o Haiti foi brutalmente atingido por um terremoto de sete graus na intensidade da escala Richter. Um dos grandes monumentos haitianos, Palácio Presidencial foi às ruínas em Porto Príncipe. Dos militares brasileiros presentes em missão de paz da ONU no país, 20 morreram.
A pediatra e sanitarista Zilda Arns, fundadora da pastoral da criança e da Pessoa Idosa, organismos de ação social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), visitava a capital do Haiti e morreu devido à catástrofe em Porto Príncipe, no momento do terremoto. Uma grande perda para solidariedade mundial, pois foi sua iniciativa de criar a pastoral que diminuiu consideravelmente os índices de mortalidade infantil e de doenças presentes principalmente em crianças.
O Brasil, juntamente a vários países, enviou recursos ao país para resgatar aqueles prejudicados pelo terremoto. Estimativas dizem que 200 mil pessoas morreram, 300 mil ficaram feridas e 4 mil foram amputadas (noticia extraída do site G1, do dia 14 de janeiro de 2010)
O terremoto propiciou o aumento dos índices de criminalidades, já que o povo haitiano está desesperado por falta de comida, água e abrigos. 
O BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) destinou um quantitativo de US$ 200 mil Para garantir água, comida, remédios e apoio para as vítimas do terremoto que equipara-se ao de 1946, de 8,1 graus na escala Richter.
 Haiti entrou na temporada de furacões no golfo do México com ainda a grande parte dos sobreviventes do terremoto vivendo em habitações improvisadas.
A terra no Haiti já não treme mais. Mas a sensação de insegurança de sua população permanece.

Religiões do Haiti

As principais religiões do Haiti são o catolicismo e voduismo (ritos religiosos que cultuam o deus Bondje) sendo elas as religiões oficiais.

O catolicismo no Haiti

Como o Haiti foi um país colonizado pelas potências européias, logo sua principal religião é o catolicismo, praticado por  80% da população.
            O catolicismo é a religião oficial do Estado, segundo a Constituição haitiana.

O vuduismo no Haiti

O vodu vem de origem africana, é  um sistema de magia negra e branca, antigo e primitivo. Sua crença estabelece uma ligação entre o mundo material e mundo espiritual.
Mesmo estando ligado a tradições e valores nacionais, por muitos anos houve uma grande perseguição aos seus praticantes no Haiti devido a época da ditadura, conforme a elite haitiana, o vodu era a causa do atraso da nação.

Gastronomia

A gastronomia haitiana é considerrada muito rica por causa da mistura de culturas. Seus principais ingredientes são: carne de porco, arroz, peixes e mariscos e entre seus pratos típicos destacam-se: griot (feito com carne de porco), labí (feito com lagosta, arroz e yon yon), acras (raíz frita temperada com muitas iguarias) e tassot (feito de perú, vitela ou bode preparados com um marinado picante).


Música haitiana

A música no Haiti é considerada a segunda maior manifestação cultural, além de sua maior influência vir de fora.
O merengue (dança nacional dominicana) muito conhecido no Haiti, é um ritmo de origem crioula trazidos pelos escravos africanos para as Américas. Era considerado um ritmo vulgar e letras não religiosas, além de pouco musicais, mas foi ganhando destaque ao longo dos anos.
Em seu estilo mais popular, destacam-se instrumentos como saxofones, acordeões, trompetas e teclados, mas seus instrumentos mais típicos são: acordeon, güira (espécie de lata de forma cilindrica) e bumbo.
É também considerado uma dança alegre, além de contagiante, com passos fáceis que permite ao dançarino mostrar seu “gingado”.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Merengue,
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/haiti/haiti-2.php.

Festividades

O Haiti tem como festas oficias:
•1 de janeiro- Dia da Independência: dia em que é comemorado a independência haitiana;
• 2 de janeiro- Dia dos Pais da Pátria: dia dedicado a heróis haitianos(como Jean Jacques Dessalines e Francisco de Miranda);
• 1 de maio- Dia do Trabalho e Agricultura: dia dedicado ao trabalho e à agricultura do país;
• 18 de maio- Dia da Bandeira e a Universidade: comemorado pelo fato dos revolucionários terem dado uma bandeira própria de luta e liberdade;
• 17 de outubro- Aniversário da morte de Dessalines: dia em que se comemora a morte de um grande herói haitiano: DESSALINES. Considerado um herói por lutar pelo seu país, tentar restabelecer a economia das plantações (diante do trabalho forçado). Foi assassinado em 1806;
• 18 de novembro- Aniversário da Batalha de Vertieres: batalha na qual, escravos experientes em rebeliões, organizado por Jacques Dessalines, formaram um exército e derrotou os franceses, em 1803;
5 de dezembro- Dia do descobrimento: dia em que o Haiti foi descoberto por Cristovão Colombo.
Além das datas oficiais citadas acima, também há comemorações provenientes das religiões (dia de Santo Tomás de Aquino, São José, São Marcos...) e tradições indígenas e africanas, e também as de caráter nacional, como, por exemplo, o Carnaval.

Fonte : http://www.apropucsp.org.br/apropuc/index.php/revista-puc-viva/85-37haiti-abril-de-2010/3800-18-de-maio,
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean_Jacques_Dessalines,
http://www.pco.org.br/conoticias/ler_materia.php?mat=19346,
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/haiti/haiti-2.php.

sábado, 4 de junho de 2011

Algumas curiosidades.


Nas Grandes Antilhas, o país está localizado na América Central insular, a oeste da ilha La Hispaniola. O Haiti possui o pior índice de Desenvolvimento Humano (IDH) das Américas, no mundo, está à frente somente dos mais pobres países africanos.
Em 2006, a população haitiana era de 8,6 milhões, sendo 96 % composta por negros e mestiços. O país começou a ser colonizado por espanhóis, a partir de 1697, dominado pelos franceses.
Os franceses implantaram a cana-de-açúcar e a escravidão com africanos. O Haiti é independente desde 1804, sofreu invasões da Espanha e dos EUA em 1915 e em 1934.
Mais da metade da população é analfabeta, sendo a expectativa de vida de 51 anos. A renda per capita do país é menor do que a comunidade da Rocinha, bairro popular da cidade do Rio de Janeiro.
O relevo é montanhoso, o país possui duas planícies montanhosas ao redor do Golfo de Gonaives. O sul do Haiti é montanhoso, sendo o ponto mais alto do país, conhecido como Pico La Selle. Todo o território é formado por montanhas escarpadas e pequenas planícies costeiras e vales fluviais.
Entre os rios, destacam-se o Artibonite. O clima é tropical, com temperatura média de 27 °C. O idioma oficial do Haiti é o francês e o créole. Há grande escassez de mão-de-obra qualificada, alta taxa de desemprego e incidência de informalidade.
A religião do estado é o catolicismo, a padroeira do Haiti é a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, há também as práticas de vodu e uma minoria protestante.

Sans-Souci.


O Palácio de Sans-Souci, no norte do Haiti, era a residência de Henri Cristophe, o auto-proclamado rei do Haiti. O palácio foi terminado em 1813 e foi-lhe posto o nome do palácio de Frederico o Grande em Potsdam, o Sanssouci. O palácio foi destruído por um terremoto em 1842.
Um século após a catástrofe, foi declarado Patrimônio Mundial da Unesco em 1982, juntamente como o resto do Parque Nacional Histórico.
Por sua estrutura encantadora e histórica, o palácio é considerado um dos lugares que se deve conhecer antes de morrer.
Seus pomposos jardins com fontes e estátuas abrigam a tumba do rei Frederico II da Prússica, ali enterrado de acordo com a sua própria vontade.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Sans-Souci_(Haiti)
http://dreamguides.edreams.pt/alemanha/berlim/schloss-sanssouci-palacio-sanssouci

Pressão externa (ONU e EUA)


        Em 1990, as eleições livres deram ao padre esquerdista Jean-Bertrand Aristide o poder presidencial. No entanto, logo depois o padre foi deposto por um golpe militar liderado pelo general Raul Cedras, dando retorno à ditadura. A Organização dos Estados Americanos, a ONU e o EUA advertiram o pais com sanções econômicas a fim de forçar os militares a devolverem o pode ao padre. Além disso, o grande contingente de haitianos que buscavam se refugiar nos Estados Unidos fez com que esse país pressionasse o governo haitiano pela volta de Aristide. A junta militar haitiana deu posse a um civil, mas mesmo assim os EUA não se satisfizeram e, em julho de 1994, a ONU permitiu que os EUA interferissem militarmente no Haiti. O país conseguiu dar o poder a Aristide, em setembro. Apesar de o Haiti ter vivido um período mais democrático até 2000, a economia destroçada não permitiu um grande avanço no país.
          Em 2003, Aristide promoveu eleições presidenciais, vencendo-as. Em 2004, foi expulso do país por forças armadas. A ONU então enviou uma missão de paz, conseguindo impedir a subida de milícias ao poder. Até 2006, o chefe do Judiciário, Alexandre Boniface governou como presidente. Países como a França e o Canadá enviaram tropas para garantir a transição política no Haiti. Em 2006, houve eleições diretas para presidente, vencendo René Préval. Em 2004, a ONU havia criado, pelo  Conselho de Segurança, a Força Militar da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah), comandada pelo Brasil, com o objetivo de manter a paz, eliminar milícias. A ONU continuaria interferindo no país até a eleição de um novo presidente, mas até hoje isso acontece, já que a segurança no Haiti é muito instável.
          No dia 12 de janeiro de 2010, um terremoto de magnitude 7 na Escala Richter atingiu o Haiti, próximo da capital Porto Príncipe. Após este acontecimento, o Haiti aprofundou ainda mais a sua situação de miséria e decadência.  

Crise política

          Em 1950, Raoul Magloire destitui o presidente Dumarsais Estimé do poder, por meio de um golpe militar. Ele implanta uma nova constituição que, pela primeira vez, dá direito de voto direto ao povo para eleição do presidente. Ocorre que ele decidiu se manter no poder, apoiado pelo Exército, o que gerou revolta popular violenta. Com a renúncia de Magloire, o Haiti teve em menos de 10 meses um total de 7 presidentes, o que mostra a instabilidade política que tomava conta do país.
           O período em que François Duvalier, o Papa Doc, esteve no poder presidencial, foi um dos mais sanguinários da história do Haiti. Apoiado inicialmente pela população ao comprometer-se a lutar contra a malária, visto que era médico, desenvolveu uma forte ditadura, perseguidora de opositores e da Igreja Católica, a partir de 1957. Com o apoio de sua guarda pessoal, a tontons macoutes ou bichos-papões, se fez presidente vitalício, em 1964. Quando da sua morte, em 1971, o povo haitiano teve esperança de mais liberdade, mas seu filho Jean-Claude Duvalier, o Baby Doc, de apenas 19 anos, deu continuidade ao regime sangrento e opressor por mais 15 anos. A população estava tão insatisfeita com seu governo que, em 1986, o político, instruído em boas escolas, decidiu abandonar o país. É a partir desse momento que os países desenvolvidos se despreocupam totalmente em relação ao Haiti, que conhece então um dos piores períodos de sua historia, o da pobreza profunda.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Início da crise e intervenção norte-americana

          Um período de instabilidade tomou conta do país, resultando em sua divisão em duas regiões, a ocidental, e a oriental, atual República Dominicana, que foi ocupada pela Espanha, sendo essa ocupação desfeita em 1822 quando o presidente Jean-Pierre Boyer reunificou e conquistou toda a ilha, governando como ditador até 1843. A República Dominicana, por sua vez, derrubou Boyer em 1844 e conquistou sua independência. Depois do ditador, os presidentes do Haiti sofreram com governos trágicos, até a chegada dos EUA para intervir no país, havendo envenenamentos, explosão de palácios, linchamento por parte do povo, como ocorreu com Vilbrum Sam. Os EUA invadiram o Haiti militarmente em 1915, buscando cobrar a dívida externa existente e amenizar o caos econômico do país, além de governar a nação. A grande potência conseguiu dar mais estabilidade ao Haiti, impôs uma nova constituição e jurou respeito à soberania haitiana. No entanto, os presidentes que se sucederam tinham muita fragilidade diante da nação, e ao mesmo tempo, os EUA, que evitavam guerras civis e revoltas, tinham sua saída pedida por grupos nacionalistas. Isto aconteceu e em 1934, as tropas norte-americanas foram retiradas do país. Entretanto, militares treinados por eles, a Guardia Nacional, continuariam no país para reprimir qualquer manifestação democrática.


Fim da escravidão e independência

         Em 1791, os escravos passaram a se manifestar com mais força, e sob o comando do negro Toussaint l'Ouverture,  conseguiram dominar a colônia. Em 1794, quando a França se via comandada por forças do povo, decidiu extinguir a escravidão em todas as suas colônias. O Haiti foi, assim, o primeiro país latino-americano a abolir a escravidão. Mesmo com a liberdade, os ex-escravos viviam sob pressão e dificuldades. Então, em 1801, o governador geral Toussaint l'Ouverture,  mobilizou negros por melhores condições de vida, resultando em maior liberdade aos escravos da futura República Dominicana. Os franceses não aprovaram tal ação e, em 1803, mandaram um Exército à ilha que conseguiu derrotar Toussaint l'Ouverture, o qual foi morto pelos franceses em Paris. Esse período de rebeliões foi marcado por muita violência tanto por parte dos exércitos franceses e espanhóis contra os haitianos como por parte dos próprios, que matavam, invadiam casas. É nesse contexto que, em 31 de dezembro 1803, com o apoio da Inglaterra, Jacques Dessalines derrota a França, declara o país independente e o denomina Haiti, palavra indígena que quer dizer terra da montanha, proclamando-se imperador. A independência do Haiti foi um processo apoiado tanto pela minoria elitista, dos brancos, quanto pela maioria negra, africana. Ambos queriam o fim da imposição francesa, dos impostos, mas os primeiros queriam uma maior autonomia política para seus interesses, ao passo que os escravos desejavam a aplicação firme dos princípios da Revolução Francesa.

Descobrimento e colonização

         O Haiti é, sem dúvida, a demonstração do caos e do desrespeito ao ser humano. A pobreza que se observa no país é simplesmente lastimável. Para que se entenda essa situação, deve-se compreender a história do Haiti. Em 1492, Cristóvão Colombo, em sua vinda à América, deu a uma ilha encontrada o nome de Hispaniola, em homenagem aos reis da Espanha. Posteriormente chamada de São Domingos, compreende o Haiti e a República Dominicana. Em 1697, a Espanha passou à França o território haitiano, pelo Tratado de Ryswick, e foi a partir daí que a nova colônia francesa se colocou como uma das maiores exportadoras de cacau, café e açúcar, baseando-se no trabalho negro e enriquecendo os bolsos franceses. A economia primária existente na época sempre caracterizou o Haiti, e inclusive hoje, o capital depende do primário. A colônia chegou inclusive a concorrer com o açúcar brasileiro no século XVII.


segunda-feira, 30 de maio de 2011

Le Nègre Marron = liberdade




Le Nègre Marron é uma estátua criada pelo escultor haitiano Albert Mangones Architech em 1968. Está localiza na capital Porto Príncipe, na praça “Os campos de março”. O escravo da escultura tem um facão na mão direita, e uma cabaça próxima a boca na outra mão, que era utilizada como um instrumento de som  para reunir as pessoas. A obra de arte representa a liberdade e a independência do povo haitiano.

Fortaleza ou paraíso?



 
A Citadelle Henri Christophe, nome oficial da Citadelle Laferrière, é uma fortaleza que foi construída por Henri Christophe no século XIX, quando o país se tornou independente da França, com o objetivo de proteger o país recém liberto da antiga metrópole. Sua construção demorou mais de uma década (1805-1820) e necessitou do trabalho de mais de 20.000 homens. O forte conta com mais de 350 canhões e paredes com mais de 130 metros de altura. Atualmente é muito procurado por turista, se tornando um ícone para o Haiti.






Animal-símbolo

       O surucuá-dominicano( nome cientifico Priotelus roseigaster), conhecido como Caleçon Rouge”, é um pássaro que tem origem da ilha de São Domingos e por isso é o animal símbolo do  Haiti.

Fonte: http://www.girafamania.com.br/americano/haiti.html

Lema



O lema do Haiti é  “L’UNION FAIT LA FORCE”, que significa: A união faz a força e aparece no Escudo do Brasão de Armas.

Palácio de Sans Souci


O Palácio de Sans Souci, que está situado ao norte do país na cidade de Milot, foi à residência do rei D. Henrique I ou Henri Christophe, como era conhecido. A construção do Palácio teve inicio em 1810e  foi concluída três anos depois, em 1813. Sans Souci é uma palavra francesa que significa “sem preocupação”, esse nome foi dado, pois está localizado próximo a Citadelle Laferrière. Em 1942, parte do Palácio foi destruída por um terremoto.


sábado, 21 de maio de 2011

Bandeira do Haiti



            No processo de independência do Haiti, os haitianos sentiram a necessidade de criar a sua própria bandeira. Em 1803, ocorreu um congresso em Arcahaie, cidade próxima a Porto Príncipe, onde criaram a primeira bandeira haitiana. A bandeira foi inspirada na bandeira tricolor francesa, a parte branca foi tirada e a vermelha e azul ficaram juntas, o que passou a significar a união do povo negro ( a cor azul) com o povo mulato ( a cor vermelha). Em 1804, as cores azul e vermelha foram mudadas para a horizontal. Em 1806, foi acrescentado a bandeira um quadrado branco, que significa a tampa da liberdade, e em cima de o Escudo do Brasão de Armas.
Bandeira da França
Primeira Bandeira do Haiti


Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/haiti/bandeira-do-haiti.php,
http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&langpair=en%7Cpt&u=http://www.defend.ht/history/articles/events/1007-history-of-the-haitian-flag,
http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&langpair=en%7Cpt&u=http://www.vodou.org/colors_of_the_flags.htm.