Um menino de 11 anos deixou o Haiti para se encontrar com a mãe, na Guiana Francesa. Mas ele acabou sendo abandonado em São Paulo, numa estação de metrô. A Justiça brasileira diz que ele deve se reunir com a família em breve.
Pelo menos para uma família do Haiti, vítima de uma quadrilha de tráfico de pessoas, está acabando a angústia. Mas permanece o mistério em torno do destino de dezenas de outras crianças.
Perdido numa estação de metrô em São Paulo. Foi assim que o menino, então com 11 anos de idade, foi encontrado. Vinte dias antes, havia saído do Haiti para se encontrar com a mãe, Dieula, na Guiana Francesa.
O que a família não sabia é que estava caindo em uma rede internacional de tráfico de pessoas e extorsão. O Brasil está nessa rota e o filho de dona Dieula não é a única vítima, como mostrou a edição de ontem (17) do Fantástico.
Segundo a Interpol, entre janeiro de 2009 e novembro de 2010, pelo menos 50 crianças haitianas entraram no Brasil por guichês de imigração dos aeroportos de Guarulhos, em São Paulo; de Confins, em Minas; do Galeão, no Rio de Janeiro; e de Manaus.
Só pelo aeroporto de Cumbica passaram pelo menos 11 crianças. A Polícia Federal conseguiu identificar os chamados coiotes, os traficantes de pessoas.
Um deles, uma haitiana de 32 anos, passou pela imigração do aeroporto, em Guarulhos, com seis crianças. Nenhuma tinha o mesmo sobrenome dela. Em pouco mais de dois anos, a mulher entrou e saiu do Brasil 21 vezes, todas por Guarulhos.
Outros haitianos também passaram várias vezes por aeroportos do país com crianças, mas ninguém foi barrado. Dois deles chegaram a morar por um bom tempo na região central de São Paulo.
Em setembro do ano passado, Smith Moise se hospedou num albergue da prefeitura. Nossa equipe foi até o local. O nome de Smith aparece na lista dos abrigados. Os pertences dele permanecem no local, mas o haitiano não vai lá desde o começo do mês. A Interpol chegou a pedir a prisão dele e de outros dois suspeitos que estavam em São Paulo.
Mas o Ministério Público Federal informou que as provas eram insuficientes. Ainda não se sabe o paradeiro das crianças haitianas que entraram no Brasil. Até hoje, não há registros oficiais da saída delas do país.
Apenas o filho de Dieula teve a sorte de ser localizado. Quinze meses depois de ser encontrado, o menino haitiano ainda mora num albergue em São Paulo. Está sob proteção da Guarda Municipal. Isso porque nenhum dos suspeitos que o trouxeram do Haiti e o abandonaram na estação de metrô foi preso.
A promotora de justiça que acompanha o caso, Eliana Vendramini, acredita que em breve ele estará reunido com a mãe na guiana francesa.
Apenas o filho de Dieula teve a sorte de ser localizado. Quinze meses depois de ser encontrado, o menino haitiano ainda mora num albergue em São Paulo. Está sob proteção da Guarda Municipal. Isso porque nenhum dos suspeitos que o trouxeram do Haiti e o abandonaram na estação de metrô foi preso.
A promotora de justiça que acompanha o caso, Eliana Vendramini, acredita que em breve ele estará reunido com a mãe na guiana francesa.
“Ele já tirou o passaporte, Polícia Federal já colaborou. Ele já tem o aval do governo francês lá na Guiana, e está resolvida a questão. É bem provável que ele esteja lá sim no dia das mães, afirma promotora de justiça.
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